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Texto 1/52 – Um projeto louco mais louco que o #365Fotos

Em 2013, por inspiração do projeto #366Musicas do Nick Ellis fiz o #365Fotos, que com muito esforço e dedicação terminou dia 31/12/2013. Foi puxado, mas gratificante. Fiquei com o olho mais treinado para fazer boas fotos. Como essa era a meta, acho que consegui \o/


www.flickr.com

Ainda em 2013, notei que minhas habilidades em escrever estão fracas. Então para 2014, exercitarei esse lado. Como sei o que passei para fazer 1 foto por dia (e teve um dia que esqueci de fotografar), esse ano farei um texto por semana, o que me permitirá escrever uma parte do texto por dia e assim em 1 semana terei alguma coisa decente para apresentar.

Estou acertando comigo mesmo e deixando publicado aqui que:

  • Não escreverei textos demasiadamente chatos, longos, bestas (mas com um pouco de humor)
  • Não falarei sobre o mesmo assunto durante duas semanas
  • Não usarei esse espaço para colocar “coisas que eu fiz/faço/vi/etc” durante a semana
  • Terei idéias de texto por 52 semanas e assim não terei que usar “muletas” (como fiz algumas vezes no #365Fotos)

Esse é o texto 1. Vamos ver o que vai ser produzido em 2014.

Projetos para 2013

Hoje é dia 01/01/2013. Feliz ano novo!!!

Como todo mundo tem projetos para o ano novo, e inspirado no projeto do Nick Ellis (de tocar uma musica por dia em 2012), inicio o ano novo com o projeto 365 fotos.

A ideia é simples: uma foto de um assunto qualquer por dia. Tirada e publicada no dia. Vou compor um álbum e quem sabe um vídeo no fim do ano com a compilação das fotos. 

Sem mais, eis a foto de hoje.

Foto 001/365

Convertendo arquivo NPF para VCF

Troquei essa semana de celular. Sai de um dumbphone B3410 para um smartphone Galaxy Y Pocket. Ambos da Samsung. Chip e cartão de memória foram tranquilos para colocar no telefone novo (dããã~). Foi quando vi que os contatos seriam um problema.

O que acontece: O software do telefone velho exportou os dados num arquivo com a extensão NPF. E o android não soube o que fazer com o arquivo. O KYES (programa do celular novo) que poderia ter uma solução, não funcionou na minha máquina. Nem nas outras 4 que eu tentei. Desisti do KYES porque a solução envolvia muita volta e não tinha garantia de funcionar. Abrindo o arquivo NPF no bloco de notas só vi quadrinhos. O jeito foi googlear um pouco. Achei em um site que o arquivo NPF é um arquivo MDB do ACCESS, com a extensão NPF. Como não encontrei um conversor, resolvi escrever um. Está em C# e converte para VCF, que importei diretamente no Google Contacts, e no fim os contatos apareceram “magicamente” no telefone 🙂

A unica coisa que o código não converte (porque pra mim não foi necessário) é(são) o(s) endereço(s) que estão no celular. Quem quiser rodar a aplicação, clica aqui. O código está para download aqui. E os dados enviados são excluídos no fim do programa.

Feliz dia dos pais!

 

   

“O amor de mãe é sublime, divino” e tantas outras coisas mais, dizem alguns poetas. E o amor de pai, seria menor? Não. São amores diferentes, com expressões diferentes em tempos e lugares diferentes. Claro que há homens que nem os alimentos asseguram aos filhos. Mas há, também, mães que apagam cigarros nos bracinhos dos filhos.

“Meu pai não me amava, não me dava carinho”, disse-me, uma vez, uma aluna. Ora, ela confundiu as coisas. E se, para ele, amar significasse não dar carinho? “Não dá muito carinho para teus filhos, para não estragar. Carinho é coisa de mulher, de mãe. Pai tem que dar dinheiro e educação”, pensavam, num passado não tão distante, alguns pais.

“Eu até que gostaria de ter abraçado meus filhos, mas fui educado a pensar que isso poderia lhes fazer mal”, disse-me um pai da velha guarda. Educação, para tais pais, significava preparar os filhos para o rigor da vida, para os conflitos tipicamente extradomésticos. “Carinho amolece a alma, não faz bem”, pensavam alguns. Em suma, era como entendiam o amor. Não davam carinho porque amavam, porque compreendiam o amor como educação ao rigor.

As coisas mudaram a partir da chegada das mulheres no trabalho extradoméstico, quando elas começaram a fazer coisa de homem. Mulheres fazendo coisas de homem; e homens que começam a fazer coisas de mulher: lavar louça, cozinhar e dar carinho aos filhos. Democratização das tarefas domésticas e extradomésticas. Nova compreensão dos papeis desempenhados por pais e mães no teatro da vida contemporânea.

Assim, hoje, quando há uma separação conjugal, os filhos não necessariamente ficam com as mães. “Eu cuidei com dedicação, não aceito que me digam que só posso ver meu filho uma vez por semana”, reclamam, com razão, os pais presentes na vida dos filhos, vitimados, agora, por aquelas rancorosas ex-esposas que usam os filhos para se vingarem dos ex-maridos. Claro que há muitos homens ausentes, repito, que nem os alimentos asseguram aos filhos. Bem, eles não sabem o que estão perdendo. Uma pena, perda muito mais para eles do que para seus filhos. Mas, no caso dos pais presentes, a avaliação deveria ser diferente.

Quando eu casei, não morria de vontade de ter filhos. Gostava da minha vida a dois, com minha esposa. Na praia, eu via, horrorizado, aqueles pais que corriam de lá para cá, tirando baganas de cigarro da boca de seus sorridentes nenês, que engatinhavam pela areia comendo de tudo. Minha esposa, ao contrário, queria porque queria ser mãe. Bem, por causa dela, aceitei o que para mim significava o sacrifício do meu eu por uma causa maior.

Ainda bem que mudei de ideia. Nossas filhas são a melhor experiência que já tive em toda a minha vida. “A paternidade é sublime, divina”, digo eu, hoje. “Olha”, falei para a minha esposa, “tu também deve dizer não, para que elas não cresçam com a ideia de que eu sou o que diz não e tu a que diz sim”. Em suma, compartilhamos o lado doce e o lado rigoroso da educação, do amor que cuida.

Quanto ao carinho, não tenho escrúpulos. Abraço e beijo nossas filhas várias vezes por dia. Vai ver que é por isso que, quando faço uma cara feia, elas logo, logo me entendem. Em suma, o rigor bom exige carinho, afeto como pressuposto obrigatório do amor.

A maternidade é linda, maravilhosa, mas a nossa experiência de paternidade também não é pouca coisa não.

Feliz dia dos pais!

 

Fonte: Blog do Fábio Bento